Walk the Moon

Favoritos de 2017: What If Nothing

Em vez de fechar 2017 com listas mais tradicionais de melhores do ano, decidimos seguir o espírito mais pessoal do Headcanons e começar 2018 com posts de alguns colaboradores sobre uma ou duas coisas que eles adoraram no ano anterior. Que 2018 venha cheio da emoção de ser fã e amar profundamente.

 

O What If Nothing é, além de meu álbum favorito do ano, uma das minhas coisas favoritas de 2017. É o terceiro álbum da Walk The Moon, uma banda indie dançante triste que era desconhecida até Shut Up And Dance e até o Rock In Rio colocá-la no Palco Mundo (uma escolha que até hoje eu não entendo muito bem). 

O álbum já é fantástico só pelo nome: “e se nada?”. Foi um álbum gravado num período recheado de emoções para a banda: em meio a casamentos, à morte do pai do vocalista, à aceitação da orientação sexual, ele surgiu. O título, para mim, é aquela pergunta que surge nos momentos mais desesperadores: e se nada acontecer?

Quem conhece o álbum anterior da banda, o Talking Is Hard, entende que seria muito difícil para a banda fazer algo que o superasse. Não acho que tenha, de fato, superado, mas é um álbum delicioso e incrível, que mostra o crescimento e o amadurecimento da banda.  As 13 faixas são músicas de autoconhecimento, frustração pessoal e aceitação e são extremamente íntimas. O What If Nothing é praticamente um diário do último ano na vida da banda.

O tema das músicas é outra coisa que me fez ficar tão apaixonada por ele: 2017 foi um ano repleto de descobertas e reflexões, e ouvir esse álbum foi como me olhar no espelho. Há um tempo, comentei que “Can’t Sleep (Wolves), a 11ª faixa, é um retrato de como a minha ansiedade funciona, e isso se estende ao resto do álbum: a sensação é de que os queridos da Walk The Moon pegaram o que sinto e colocaram isso em palavras e música. E ouvir o resultado é como receber um abraço.

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