Labyrinth Lost, de Zoraida Córdova.

#Queer52: Labyrinth Lost

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Gosta de mitologia latina e de sentir validação enquanto ser humano? Então puxa uma cadeira que a gente vai falar das Brujas do Brooklyn e de Labyrinth Lost.

 

A Alejandra é uma adolescente bruxa – bruja – com o Deathday (traduzido livremente por essa que vos fala como Dia de Morte) chegando. Nesse dia, ela vai receber a bênção de todos os parentes, vivos e mortos, para que seus poderes possam florescer de maneira saudável. Só que, hm, ela não quer que isso aconteça. Ela quer mesmo é que eles… morram. Os poderes, no caso. Não a família. E é isso que complica um pouco as coisas. Em tentar se ver livre dos poderes, ela acaba mandando a família viva e todos os ancestrais pra terra mística, poderosa e perigosa de Los Lagos. Alejandra resolve ir atrás deles pra salvá-los.

Ai, galera. Que aperto no coração só de lembrar das minhas partes preferidas.

QUE CENÁRIOS DO CARAMBA. QUE CINEMATOGRAFIA LINDA COMPOSTA INTEIRAMENTE POR PALAVRAS. E o mais incrível é que vai realmente virar filme??? Vocês têm noção dessa coisa maravilhosa???? Um livro queer e tão imensamente latino??? O filme vai ser feito pela Paramount e não temos nenhum nome ou data ainda, mas!!!! Incrível.

Tá, além de um cenário incrível e cheio de criaturas maravilhosas e assustadoras, vamos ao porquê de eu ficar tão encantada por esse livro: a protagonista é uma adolescente latina bissexual. Os dois interesses românticos são um menino latino e uma menina lésbica, hindu, e guiana. Palavras em espanhol aparecem o tempo inteiro. Várias culturas latinas aparecem em destaque ao longo da narrativa. É TÃO… BONITO!!!!!!!! Sexualidade também não é, em nenhum momento, um ponto focal de conflito. Ao contrário, é visto com naturalidade não apenas pela narradora e seus interesses românticos, como também pela família dela e personagens secundários. BASICAMENTE: OBRIGADA POR ESSE LIVRO.

Eu vou admitir que pelos primeiros 50% do livro eu me arrastei um pouco pela narrativa. Eu não estava totalmente convencida pela Alex, e os múltiplos tropes do gênero. Mas aí cada um dos tropes foi virado do avesso. E aí uma coisa X aconteceu e eu fiquei gritando de amor e virei totalmente #TeamAlex.

Acho que com um título como esse, poucos detalhes já são muitos spoilers, mas confia: por favor, leiam esse livro. E insistam se o começo não te pegar de jeito, como foi comigo. Eu prometo que só vai acelerando mais e mais, e o final é maravilhoso.

(É o primeiro livro de uma série, mas o livro se sustenta bem sendo lido sozinho.)

 

Pontos de diversidade:

Personagens queer: 2

Personagens não-americanas/não-brancas: literalmente todo mundo

Personagens com transtorno mental/psicológico: 0

Personagens PCD: 0

= 2+ pontos

 

Pontuação do livro: ★★★★

✓ diversidade (3 pontos pra cima eu já considero check)

✓ QUE MITOLOGIAZONA DA PORRA

✓ eu não consigo lidar com a ideia de que isso vai virar um filme

✓ eu quero abraçar essa família inteira oLHA ESSAS TRÊS IRMÃS AAAGGGhhh

✗ podia ter sido um tiquinho mais rápido o começo

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